sexta-feira, junho 25, 2004

Sexta-feira, está virando um dia de posts estranhos…

Convenci-me que meu último post foi muito chato e acho que não vou colocar a seqüência. Estou nutrindo um período muito estranho, com direito a exclusão, hormônios, cheiro de morango, saque e loucura para variar um pouco. Loucura minha grande companheira... Vou contar uma historinha, quando eu era pequeno vivia com um dicionário de espanhol debaixo do braço, a fim de aprender a língua. Eu me orgulhava muito da minha ascendência hispânica e queria muito aprender a língua e os costumes. Acho que todo mundo passa por uns insights assim de vez em quando. Até que um certo dia o dicionário levou “misteriosamente” um sumiço, isso e mais algumas outras coisas me fizeram desanimar. Um certo comentário do Sr. Buck me fez repensar a questão há algum tempo, mas não havia sido suficiente para me convencer a voltar atrás (e olha que o motivo envolvia a Elizabeth Hurley, mais do que suficiente para aprender qualquer coisa). Então, ontem eu estava ouvindo algumas músicas que baixei quando uma música em especial me chamou a atenção (surpreendentemente, não colocarei a letra por enquanto... será que alguém arrisca um chute e adivinha qual é?). Após ouvi-la umas cinco vezes seguidas, acho que ela fez com que eu recuperasse a vontade de aprender espanhol (mas vai ter que entrar na fila, depois do japonês e disputar a vez com o francês). Creio que isso se deu pelos seus ares, estes, me fazem lembrar do meu “plano de contingência”, mas esta é outra longa história que ficará para um dos próximos posts.

quinta-feira, junho 24, 2004

O cheiro do enxofre

O Elfo estava curioso, não sabia dizer de onde surgira toda aquela zica e mau humor. Três dias antes havia viajado até uma floresta distante para visitar os antigos de seu povo. Era sábado, o sol já havia baixado revelando um céu estrelado e uma noite fria, tudo corria muito bem. Os anciões perplexos louvaram sua chegada e no exato momento de sua chegada, um burburinho correu o salão: “O filho de um dos patriarcas se encontra entre nós”. Todos estavam contentes com sua presença, durante toda a sua estadia fôra tratado como o filho de um rei.
As primeiras festividades correram calmamente até a meia noite, quando os ritos haviam sido cumpridos e os anciões satisfeitos voltavam para as suas casas. Então, o que deveria ser uma diversão foi na verdade o início de uma tortura, uma tortura que ele sabia estava fadada a começar, embora não soubesse sob qual forma viria. Havia sido alertado pelos oráculos horas antes que dentre diversas coisas boas se ergueria uma terrível. A carta que o alertara mostravam diversas espadas gotejantes de sangue, “Crueldade”, não era a primeira vez que a vira e a anterior não havia sido nada agradável, deixara marcas profundas sentidas pelo Elfo ainda nos dias de hoje. Falou mais uma vez aos anciões e juntou-se a dois primos distantes para iniciar uma caçada. Vestiram-se com suas armaduras e prepararam seus espíritos, o mais velho fôra na frente, abrindo o caminho com certa displicência característica, remanescente das bebidas rituais. O Elfo e o mais jovem seguiam atrás.
Chegaram então ao lugar, em meio ao frio, mato e neblina. Aproximaram-se da clareira onde jovens ninfas saldavam a diversos caçadores, eram tantas e tão belas que o Elfo ficou deslumbrado. Não conseguia recordar-se de uma festividade tão formidável na floresta de onde vinha, que embora tivesse apenas árvores de pedra, ele insistia em chamar floresta. Sem que ele soubesse sua sina começara. Colocou-se a observar as Ninfas e a conversar sem sorte com algumas delas, todas pareciam nutrir um certo fascínio e medo, havia uma tensão, todas queriam aproximar-se. A banda tocava entusiasticamente e a multidão entoava as canções com furor. Uma ninfa ousada de cabelos loiros aproximou-se. Inquiriu ao Elfo dizendo que uma outra ninfa queria conhecê-lo. Por um momento, a dúvida atravessou os olhos do elfo, que se pôs calmamente a conversar com a ninfa. Esta notou que o Elfo possuía um espírito nobre e explicou que a outra ninfa não poderia vir até ele, pois ajudava a organizar as festividades. Despediu-se com um beijo cobiçoso próximo aos seus lábios e logo sumiu na multidão carregando o recado. Poucos instantes após viera outra, uma ninfa anciã, portando um novo recado. A banda parara de tocar e o salão começara a esvaziar lentamente, em pouco tempo a vasta clareira seria inundada pelo raiar da aurora. O elfo procurara a ninfa que mandara os recados para conversar. Não ficou surpreso, embora ela fosse bonita certamente não era surpreendente, tinha os cabelos castanho-escuros e era pouco mais baixa que ele. A sensação se confirmou após alguns instantes, durante uma conversa truncada, atrapalhada pelos afazeres da ninfa. Foi então, enquanto conversava com a ninfa morena sob os olhares atentos da ninfa anciã, que era na verdade mãe da morena e da loira, que aparecera outra ninfa. O salão já estava praticamente vazio. Ela veio atravessando o salão a passos decididos parando no balcão, seu rosto estava a apenas cinco centímetros do rosto do Elfo. Possuía cabelos lisos, negros e era definitivamente a ninfa mais impressionante que vira durante toda à noite. Ela se manteve firme, obstinada, aguardando apenas um movimento do Elfo, o ar se tornou diferente. O Elfo teve um impulso e deu uma rápida olhada sobre seu ombro direito para a belíssima ninfa. Logo olhou rapidamente ao redor e teve a certeza de que se correspondesse seu olhar os poucos guerreiros que guardavam o local cairiam sobre ele para vingar a ofensa perpetrada a contra a ninfa morena. Praguejou mentalmente e continuou conversando com a ninfa morena. A bela ninfa abandonou o salão, caminho que o Elfo seguiria não muito tempo depois, tão vazio quanto entrara.

sexta-feira, junho 11, 2004

Novo lar

Tempos novos, casa nova, tudo novo.
Como o prenuncio da manhã, as coisas acontecem não menos do que em seu devido tempo.
E mudança é sempre uma bagunça, fico triste de deixar a antiga casa, a qual já havia me acostumado com o ranger dos degraus, os cheiros, as sombras, na qual eu deixo toda uma história... E espero não perder esta história, vou tentar salvá-la de algum modo e prometo que um dia vocês verão as melhores partes desta história publicada.
Mas chega de tristeza, a casa é nova e a luz invade seus salões com o despertar da aurora. Aqui haverá novas festas, novas amizades, novos amores... e novos sonhos!
Eu proponho um brinde, ao raiar da nova aurora, os doces cheiros da manhã, com orvalho e esperança. Convido então aos meus melhores amigos, unam-se a mim, proponham seus brindes, façam o seu melhor e não reparem na bagunça... rs