segunda-feira, agosto 30, 2004

Inércia - Tudo é uma questão de razões.

Ao acordar de manhã levantou porque tinha de trabalhar, comeu para poder tomar seus remédios, tomou seus remédios para não surtar enquanto trabalhava. Foi trabalhar para poder pagar seus estudos, a conta da moto e a do analista, ou melhor, do analista e da moto que usava para ir até ele e até a faculdade. Ou pelo menos era o que ele queria acreditar.
Alguns amigos afirmam que Prozac é hoje uma religião. Eu afirmo que na verdade a religião é um Prozac. A religião obriga você a acreditar que há um ser supremo, Deus-pai-todo-poderoso, Magnus Opus, que olha por seus atos e que irá puni-lo ou bonificá-lo de alguma forma caso siga ou ignore dada conduta, caso você não faça exatamente o que “ele” deseja. Primeiramente eu não quero nem comentar o fato de que um ser supremo teria coisas muito melhores para fazer do que ter de criar um mundo e observar as pessoas nele. Explico, se estamos tratando de um ser perfeito ele não teria curiosidade uma vez que é onisciente, não criaria a humanidade para observá-la, e se o fizesse seria em um ato de extremo tédio. Ora, se deus está entediado ele não pode ser perfeito e as coisas não começaram nada bem. Uma vez que é onipotente ele poderia ter criado algo melhor, e teria lugares mais interessantes para estar apesar de ser onipresente. Mas não é sobre o conceito e o propósito de Deus que quero falar, por tanto darei função à religião e voltarei à questão. A religião serve a dois propósitos fundamentais: estabelecer um código de conduta tendo em vista o funcionamento da sociedade e do indivíduo exposto às pressões desta. Por analogia tanto a religião quanto o remédio, funcionam para sanar os mesmos problemas, as questões existencialistas.
As questões existenciais sempre foram um problema para o homem. Qual a real motivação do indivíduo para viver e seguir um modo de vida? O que faz com que o indivíduo levante de manhã e faça algo? A atual sociedade propõem um modelo onde a resposta se resume a uma palavra: desejo. Funciona em função da busca pelo hedonismo, estimulando o consumo e por tanto a produção. Para manter o ciclo ela necessita da criatividade, inventividade, tecnologia, propaganda e reciclagem. Isto apenas para citar algumas das coisas. Para que os desejos possam ser produzidos em série, rapidamente e em quantidade eles devem ser padronizados, dando origem ao irônico termo conhecido como “cultura de massa”, que nada mais é do que a padronização da população e que nada tem de cultura no sentido erudito da palavra. A sociedade atual induz a uma resposta que é artificial e que tenta nos fazer esquecer a pergunta.
Existe um pensamento que eu creio seja o maior sofisma perpetrado pela nossa espécie. A crença de que somos animais racionais. Uma vez que somos criaturas de instintos, pensamentos, sentimentos e desejos não creio que possamos ser chamados racionais porque muitas vezes a racionalidade é suplantada por nossos instintos, sentimentos e desejos. Em que isso nos difere dos animais? Nossas relações são mediadas por instintos, estabelecidas à força e segundo nossos interesses. A questão social nunca evoluiu para além da selva.
Por um longo tempo eu cometi o erro de justificar a razão da minha existência através dos meus atos e das pessoas a quem amo. Acreditava que aquilo que eu fizesse poderia ser a essência de meu ser, a minha razão. Acreditava em agir com nobreza em honra àqueles que amo. Na verdade um modo bonito de se dizer que se eu fosse uma pessoa de bem, seria admirado, respeitado, querido, desejado e amado. Portanto em pouco tempo esta se tornou a razão do meu ser. Porém isso encerra um grande problema, toda vez que a relação que tenho com as outras pessoas muda isto me afeta de uma maneira violenta. Essencialmente quanto mais significativa a relação com a pessoa mais violenta a reação, maior o tombo por assim dizer. Toda vez que perco um amigo ou uma namorada eu literalmente morro, porque meus atos deixam de ter um propósito, um sentido, um significado e uma razão. Aprendi a viver em função das outras pessoas, aprendi a não acreditar nos meus olhos, mas nos olhos de outrem. Quando sou amado me sinto bem, sei que sou uma boa pessoa, quando abandonado, volto às trevas do esquecimento. Não consigo ser de outra forma por mais que eu tente. Tento me amar, mas não vejo nisso mais que uma motivação narcisista e egoísta, não acredito na realidade que capto com os meus sentidos a respeito do meu ser. Talvez porque eu não aspire grandes coisas além de amor, o que infelizmente envolve outros seres.
Então eu pergunto a todos os que me lêem: Qual o motivo que vocês tem para levantar da cama de manhã e viver a vida? O que faz com que vocês passem pela vida e não que a vida passe por vocês? Porque amor é uma mera convenção, relativa a proteção e admiração, relativa a instituição de quem é sagrado para você. Devo afirmar que nesta alçada não sou mais do que um mero aspirante. Que me apaixono como qualquer cachorro de rua quando recebe um osso qualquer. Mas como todo o cachorro de rua não sou capaz de gerar admiração por parte de ninguém. Não tenho características impressionantes. Não sou nada além de “fofo”, mas não quero ser um travesseiro. No final eu sou sempre o cara legal com quem as pessoas contam quanto precisam, mas se esquecem quando apropriado. E isso não tem nada haver com recompensa, mas com notabilidade. Por mais que eu me esforce, não sou digno de nota. Se nós somos todos animais e vivemos para crescer e perpetuar a espécie, neste caso sou fadado ao fracasso. Sou um sobrevivente astuto não um garanhão musculoso. Sou apenas um coiote que uiva só no topo da montanha. Não posso mais ansiar grandes relações que me façam viver com meus antiquados ideais nobres, nem esperar que essas relações me preencham. Assim, já tenho meus remédios, não quero uma religião ou uma crença em um futuro improvável, não será nada que eu compre que irá me responder o que quero saber. Não quero me importar porque assim dói menos, já que sou fraco, admito a minha fraqueza! Quero apenas uma resposta e não quero a resposta definitiva, quero apenas saber que motivo faz cada um levantar logo cedo e viver a vida!

sexta-feira, agosto 27, 2004

Jogando dados com o diabo

Certa vez eu li um conto muito interessante sobre um irlandês muito sortudo que sempre ganhava as apostas que fazia. Diziam que ele seria capaz até de enganar três vezes o diabo. Até que um dia o diabo apareceu para comprovar a teoria...
Não vou contar o resto da história porque ela é muito boa, e em algum lugar no meu ser eu desejo não estragar o deleite das pessoas que eu gostaria que lessem-no um dia.
Há muitos anos, uma das minhas expressões mais conhecidas era “jogar dados com o diabo”. Acho que não preciso explicar muito a respeito até porque meus parcos leitores já a conhecem. Ainda assim explicarei, aliás, explicarei com uma frase que não é minha: “Life is cheap when the bounty is high;
So are you ready to die?“
Depois de muito tempo votei a tentação de jogar dados com o diabo. Imagino que se conversássemos seria algo mais ou menos assim:
_Boa noite jovem mancebo.
_Boa noite.
Um silêncio seguiria entre os moveis rústicos de madeira em um ambiente predominantemente marrom de um pub irlandês, quase com os tons da fase holandesa de Van Gohg, exceto pela iluminação um tanto mais calorosa e pelo cheiro forte de madeira.
Os olhares falariam por um longo tempo, o meu levemente audaz, desafiador. O dele, plácido.
_Não há necessidade de constrangimentos ou rivalidades aqui. Cedo ou tarde TODOS voltam.
Ele colocar-se-ia de lado e indicaria com a mão a passagem até uma mesa com pão de centeio, queijos vários, salame italiano, azeite extra-virgem e cerveja irlandesa.
_Você não esquece não é mesmo?
_No meu negócio, hospitalidade e memória são muito importantes, uma leve e agradável risada tornaria a frase reconfortante.
Comeríamos um pouco e enquanto ele retiraria do bolso um pequeno jogo de dados de marfim, que nos acompanhariam pela noite toda rolando pela mesa. Ao final, eu teria ganhado a maioria das partidas, então me levantaria e diria.
_Você nunca se cansa? Eu vinha aqui freqüentemente e nunca perdi, mesmo depois de todo esse tempo continuo ganhando.
_Vou lhe contar um segredo, mais cedo ou mais tarde TODOS perdem. Uns mais cedo, uns mais tarde. Alguns perdem na primeira rodada, outros nunca perdem. É tudo um lance de sorte.
Um instante de silêncio e ele diria ainda:
_Gosto de você, você é um bom cliente, uma companhia agradável, sabe das coisas, conhece as regras... Você não vem aqui para ganhar. Você vem aqui pelo jogo.
Um breve e caloroso abraço e ele abriria a porta para mim.
_Agasalhe-se bem, está frio lá fora.Abriria totalmente a porta e flocos de neve voariam para dentro, revelando um mundo azul lá fora.

quinta-feira, agosto 26, 2004

sexta-feira, agosto 20, 2004

E a canção do flautista começa lentamente.

Sexta-feira, 15:00 horas e eu aqui à deriva... Não porque não tenha o que fazer, estou com uma pilha de trabalho acumulado, mas sei lá... é como se eu não estivesse aqui. Não sei explicar, a Fada disse que é essa mesma a sensação no início, de que eu não sou eu mesmo. Tudo está diferente, meu equilíbrio, meu tato, meu paladar, os cheiros e o meu olhar. Nada de mal com isso, não por enquanto. Mas eu estou aqui, sentado em frente ao meu micro, com tendinite devido ao excesso de trabalho e tentando esquecer que daqui a pouco terei de enfrentar o trânsito infernal de Sampa para chegar até Avalon. Não que eu não queira assistir a minha aula hoje, pelo contrário, eu só queria chegar logo e sair logo. Acho que é a ansiedade me roendo de novo. Pelo menos ela também não está tão ruim como de costume. O trabalho não para de acumular e parte dele ainda é problema alheio. Até este post está estranho. Será que isso tudo não é algum sonho estranho?

quarta-feira, agosto 18, 2004

Ontem...

Existe um tipo de solidão diferente do habitual, ela se refere a sentirmo-nos sós quando estamos em meio a uma grande multidão.
O elfo singrava pela floresta rasgando o chão de pedras em direção ao local onde, diziam, encontraria o que buscava. Diversos olhos observavam atentos a uma curta distância física, mas a uma grande distância psicológica. Ele seguiu sem dar muita atenção ao fato de estar sendo tão observado, entregava-se a sensação de liberdade proporcionada pelo contato com Valentyne e ignorava o fato que atraia a curiosidade de outros sobre a sua pessoa. É verdade que a princípio teve receio de voar por entre as matas de pedra. Teve medo de que bandoleiros o abordassem, de se sentir acuado, de não ser ágil o bastante. Teve muitos medos. Todos infundados. A agilidade do elfo continuava tão extraordinária quanto sempre fora, mesmo depois que os ratos...
O elfo sabia exatamente para onde estava indo, de fato, já estivera no local uma vez. Sabia exatamente a dimensão dos poderes que estava evocando, tivera a oportunidade de ver estes poderes em ação pelo menos duas vezes e sabia que estes poderes poderiam tanto resolver os seus problemas quanto gerar outros piores. Poderes muito grandes, tão grandes quanto perigosos... Chegara ao local muito cedo, mas fôra rapidamente conduzido pelo arauto a uma sala de espera onde permaneceu por um tempo infinitamente menor do que ele havia previsto.
Encontrou com a Pixie que estava de passagem por ali e teve de falar muito rapidamente com ela, pois a arauto não tardou a se aproximar falando femininamente em um tom um tanto solene.
_ Vamos, a flautista irá lhe receber agora.
Em um movimento rápido e um pouco descordenado o elfo apresentou a Valentyne à Pixie e combinou de vê-la depois que falasse com a flautista.
O que se seguiu logo após isso é muito difícil de se descrever.O elfo entrou no salão aonde a flautista indicara-lhe um lugar para sentar. Não sabia quais cores estava de fato enxergando, mas tinha a impressão de que as roupas da flautista emitiam um leve brilho amarelado. Seus olhos, duas ônix perfeitamente redondas, observavam-no atentamente radiando um brilho sinistro e, a princípio, um pouco desconfortante. O elfo falou por um longo tempo antes que a flautista se pronunciasse. Depois que tudo havia sido esclarecido acordaram um alto preço. Mas o elfo já estava consciente disso, faria qualquer coisa para se livrar dos ratos.

terça-feira, agosto 17, 2004

RATOS! Ratos! ratos!

Singramos a cidade juntos, eu e Valentyne.
Gritando por entre carros e rasgando o asfalto direto para o destino.
Hoje, o grande dia onde a sombra buscará o flautista para trazê-lo ao seu domínio.
Aceitará o flautista o pagamento? Tocará o flautista a mesmerizante canção para varrer consigo os ratos da cidade? E os ratos? Para aonde irão depois disso?

Symphony of Destruction - Megadeath

You take a mortal man,
And put him in control
Watch him become a god,
Watch peoples heads a’roll
A’roll...

Just like the pied piper
Led rats through the streets
We dance like marionettes,
Swaying to the symphony...
Of destruction

Acting like a robot,
Its metal brain corrodes.
You try to take it’s pulse,
Before the head explodes.
Explodes...

Just like the pied piper
Led rats through the streets
We dance like marionettes,
Swaying to the symphony...
Of destruction

The earth starts to rumble
World powers fall
A’warring for the heavens,
A peaceful man stands tall
Tall...

Just like the pied piper
Led rats through the streets
We dance like marionettes,
Swaying to the symphony...
Of destruction

segunda-feira, agosto 16, 2004

sexta-feira, agosto 13, 2004

Resenha: Peter Pan

Prólogo: Depois da crise de ontem e dos sonhos durante a noite, hoje acordei inspirado e resolvi compartilhar com o mundo a resenha que escrevi no meu trabalho para o filme Peter Pan. Segue o texto:

Adaptação da clássica peça de teatro de J.M. Barrie, escrita há mais de 100 anos, Peter Pan, permanece como um dos contos mais do que presentes no imaginário coletivo. É a famosa história do garoto que não quer crescer e vive na terra-do-nunca, liderando os garotos perdidos em aventuras entre sereias, índios, crocodilos e piratas. Seu arqui-rival é o tenebroso Capitão Gancho, o terrível líder dos piratas, que busca obsessivamente destruir Peter Pan e nutre pavor por um certo crocodilo... Tudo isso continua sendo um desafio de crítica, uma vez que permanece na estreita linha entre infantil e adulto, discutindo exatamente o tênue limite entre ambos.
O filme Peter Pan do diretor P.J. Hogan (O Casamento do Meu Melhor Amigo) não deixa nada a desejar, sendo cotado como a versão definitiva de Peter Pan para o cinema. Uma montagem de grandiosos efeitos especiais, mas que mantém o simbolismo, a inocência e a profundidade do texto original, investindo nos fatores psicológicos, no realismo e no clima romântico e sombrio.

quinta-feira, agosto 12, 2004

vulnerável

Gritos preenchem uma sala vazia esbarrando em visões lembranças e acontecimentos incontados. Fascina-me a capacidade afrodisíaca do poder, nada consegue ser tão ensurdecedoramente estridente. Basta apenas um carro, um salário, um posto, um uniforme, uma vantagem ou outra para causar uma comoção e um movimento. Enquanto isso eu me rendo facilmente a um simples e sensual toque casual em minhas costas, capaz de me fazer estremecer, pensar e repensar, capaz de me fazer viajar entre imagens, delírios e sonhos. Nesta hora, lembro-me que também não poderia deixar de citar Valentine... My Funny Valentine... Mas em verdade não sei como fazê-lo. Não me sinto à vontade para tanto, embora saiba que você nunca se importaria. Meus sentimentos continuam a me tomar de assalto e fico cada vez mais desesperado à medida que continuo sem ter como comprar uma solução. E continuo entediantemente ansioso, absolutamente sozinho, completamente desesperado, absolutamente perdido, prostrado e vulnerável.

quarta-feira, agosto 04, 2004

E tudo cai ao meu redor.

A existência se despedaça em minha frente como castelos de areia tomados pelo vento. Os dias estão cada vez mais insuportáveis e não consigo resistir às emoções que me tomam. Acontecerá novamente, muito em breve. Tornei-me capaz de distinguir entre as sombras do meu ser o padrão que toma de minhas mãos absolutamente todas as coisas. Foi assim desde o princípio. Eu resisti enquanto cego, mas a visão da verdade, embora redentora, tem minado meus últimos esforços. Meu castelo está sendo tomado ainda mais rapidamente, por um inimigo semi-desconhecido que hoje sei que sou incapaz de combater sozinho. Momentos de lucidez e insanidade se alternam em uma dança rubra infindável. O legado da loucura vem cobrar o seu quinhão, batendo ensurdecedoramente a minha porta. Os golpes mais recentes me tiraram muito mais sangue. As paredes vêm chegando cada vez mais perto. As cores cada vez mais negras. O ar falta. Colapso.

terça-feira, agosto 03, 2004

Só por ontem

As cores eram fortes e entusiásticas, não do cinza escuro habitual.
Os pássaros eram todos de tons verdes, não havia ratos alados no ar.
Os arranha-céus se erguiam altivos e não se esfacelavam com o tempo.
O clima era agradável e tranqüilo, sem nuvens, sem fumaça, sem disel.
As moças riam risos contentes, sem dor, sem medos e sem escárnio.
As pessoas eram mais felizes, não havia cansaço ou problemas.
Os versos eram perfeitos, a vida era boa e eu era feliz.

Porque todos são felizes nos musicais.

Originalmente escrito em 02/08/04 durante a manhã.

Hoje o dia está lindo, com direito a cores entusiásticas, sorrisos e pássaros verdes voando por todos os lugares. Realmente supercalifragilisticexpialidocious. Há muito tempo eu não me sentia assim tão bem. Eu descobri a verdade sobre os musicais, aquele tipo antigo de filmes que hoje não se faz mais (com a exceção de Molin Rouges da vida). Coisa de corujão ou de Sessão da Tarde no começo dos anos 80. Falo sobre os antigos grandes musicais, como “Cantando na Chuva”, “My Fair Lady”, “Mary Popins” e afins, onde mulheres cantavam e dançavam em cenários estranhos desfilando lindos vestidos ou fraques estonteantes enquanto diversos homens sapateavam ao seu redor. Nestes filmes, todos são incrivelmente felizes. A felicidade reina plena, absoluta e pululante em todos os lugares, florescendo, crescendo e exalando por todos os poros. Nada escapa a ela, nem mesmo os falidos, mendigos e desgraçados, todos eles estampam em suas faces um belo sorriso. Não existe desespero, angústia, ansiedade, TPM, depressão, síndrome do pânico e qualquer outro dos máles modernos. Como seria isso possível? Apenas uma única explicação é capaz de desvendar-nos este mistério: Todos tomavam bolinhas para fazer filmes felizes!