quinta-feira, novembro 30, 2006

sexta-feira, novembro 24, 2006

Já deu sua cambalhota hoje?

Cambalhota
Substantivo feminino;

1 - volta que se dá com o corpo de cabeça para baixo;
2 - reviravolta;
3 - trambolhão;
4 - tombo;

Mais do que uma simples pirueta, a cambalhota é uma comemoração, pode mostrar alegria e arrancar risos, pode deixar alguém muito feliz, mesmo que esse alguém seja só você.

Venha você também dar risadas e fazer os outros rirem. É por uma boa causa e você ainda pode aproveitar para descontrair com os seus camaradas de trabalho e rir de você mesmo, uma das melhores coisas que você pode fazer por você!

Aproveite e guarde esse momento para posteridade! Nossas amigas Juliana e Michele (batista.juliana@gmail.com) estão fazendo um trabalho de marketing viral para a faculdade e hoje é o último dia em que elas estarão filmando cambalhotas. Participe! De quebra você também pode se tornar uma estrela!


Veja esses depoimentos de gente muito famosa!


Mikail Barishnicov: “A Cambalhota é o ato de expressão perfeito!”

Valderrama: “No começo o difícil era não me embolar no meu cabelo, depois peguei o jeito.”

Marcus Valério: “Cambalhota? Claro! É o que eu mais dou com os deputados!”

Pablo: “Foi legal! Gostei!”

Michael Moore: “Eu dou várias, mas gosto mais de ver as do meu amigo Bush.”

Bush: “Ca-ca-m-balota? Sorry, No Compreendo...”

Fábio: “Ehhhhhh mano... Sohhhhh!”

Silvio Santos: “Aai-hi-hi... Não perca! Hoje na seção das dez, o filme ‘cambalhotas’, eu assisti e é muito bom! E amanhã, não perca a estréia o programa ‘Cambalhotando’!”

quinta-feira, novembro 16, 2006

Fim de Tarde

Ele saiu bem diferente de como eu o imaginei, ficou legal, então vou publicar e acho que vou tentar escrever outro seguindo a idéia original. Até lá, divirtam-se:

***

Fim de Tarde


A sensação de estar mentalmente distante do lugar onde se está fisicamente é uma velha-conhecida. Onde eu estava, de verdade, não sei? Onde estava? Parado no metrô.

A bela garota passava em um vestido bordô. Combinando desde as unhas até o sapato com os mais deliciosos tons de vermelho. Seus cachos perfeitamente castanhos destacavam os fones brancos do iPod e emolduravam o rosto pálido onde brilhavam olhos do mais puro azul-turquesa.

Ela se senta e eu assisto como um garoto na multidão. A curiosidade me devora. Quero saber o que ela está escutando enquanto sorri e batuca animadamente com as unhas na superfície do iPod. Seu sorriso é gracioso, um daqueles sorrisos que se dá quando ninguém está olhando, ou quando se está distraído demais para pensar nisso. Em deleite eu observo.

Mas no mundo real o telefone toca, borra a imagem e revela o escritório. Todo mundo ao redor olha enquanto brigo com a pequena concha cinzenta para silenciar o seu toque. Converso rapidamente e me dirijo para o recinto mais branco e diminuto que alguém ousou chamar de copa. na seqüência desligo o telefone e volto a minha mesa para me concentrar.

Só que alguém ralha com alguém, alguém contra argumenta e outro alguém cantarola do outro lado da sala. Eu respiro fundo, finjo ignorar tudo enquanto ar gélido me açoita saindo do maldito ar-condicionado. É tão difícil voltar a me concentrar! O relógio do computador ainda errado assiste a tudo e o do celular denuncia: falta dez minutos para o final do expediente. Fico indeciso se salvo ou não o arquivo e me lembro da pasta com dezenas de textos inacabados que apaguei recentemente.

Visto a minha jaqueta vermelha, desligo o computador e atravesso a sala tentando não levantar suspeitas ou revelar a minha felicidade. Passo o cartão no relógio de ponto que apita com o elevador. Corro para a porta quase inutilmente e alguém segura o elevador pouco antes que fechasse.

Agradeço automaticamente antes de erguer os olhos do chão e ver o rosto conhecido cujo sorriso eu só imaginei em sonhos. Abro meus lábios assustado em um reflexo sem, no entanto, emitir som e, enquanto a porta do elevador se fecha, ela diz: “Era Modern Love, do Bowie”.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Um Dia Arrastado

Desde que o meu computador de trabalho resolveu entrar em horário de verão eu tenho tudo menos um relógio no computador, o que só contribui para o meu tédio em acreditar que é uma hora quando é outra.

Fiquei pensando: Se eu pudesse estar em algum lugar outro que não este onde estou agora, eu poderia estar em um texto? Essa idéia causa certa estranheza, mas não a mim que busco ser tão sincero para com as minhas palavras. Eu sinto isso, estou sentindo agora de forma muito real. Afinal, quem nunca sonhou estar em um quadro ou uma foto? Ou ainda em qualquer lugar que não fosse a sua própria realidade?

Esse talvez seja um dos aspectos do sonho que nos fazem seguir em frente: A esperança. Esperança de um dia fugir a uma realidade insípida, inerte, inodora.

Mas para mim a pergunta ainda permanece: Será que são mesmo as pessoas que contaminam com a sua amargura os meus sonhos ou sou apenas eu quem não se permite ir atrás dos próprios sonhos?