quarta-feira, novembro 28, 2007

Mario ou não Mario? Eis a Questão.

Sem entrar na polêmica desnecessária sobre o excelente trabalho do governo na tentativa de ressaltar que "os seres humanos são iguais o caralh..." e a política de cotas, aqui vai um link interessante sobre o dia da consciência negra.

A foto do Banner e a polêmica: Será que é o Mario?

A moda agora é colorir todo brasileiro proeminente, como se a cútis de alguém fosse fator determinante de capacidade ou inteligência, Hitler explica. Será que é por isso que é chamado de "mês da consciência negra"?

terça-feira, novembro 20, 2007

Nota Sobre Lavagens à Seco

Eu poderia me sentir sórdido se me importasse com falsos pudores sem pensar. Essa história toda de pudores que a população e os religiosos adoram só serve para vender livros e sustentar toda essa depravação que é a política. Esses dias alguém tentava me convencer a experimentar uma técnica de meditação dizendo que era proibida na china e que os praticantes eram até perseguidos. Eu fiquei me perguntando quem será que estava errado, o estado chinês ou os praticantes da tal técnica? Nunca se sabe ao certo de que lado vem à lavagem cerebral. "There's always a catch".

terça-feira, outubro 23, 2007

Meio-Casa

Outrora alegre e abarrotada, a casa agora lutava contra o vazio, varrida por um vento intenso que fazia a pele arrepiar de frio e dissipava o calor das camas. O silêncio se deitava entre lençóis amarrotados e objetos largados ao acaso avisavam olhares desavisados da presença que agora não eram mais que uma lembrança. Um triste fim para dias tão festivos, ainda que tão humano quanto nascer, crescer e ser esquecido, se é que um lugar possa ser humano.

Mas talvez os lugares possam ser humanos e os animais, plantas e objetos também, uma vez que a grande maioria dos seres humanos consegue ser menos que humano a maior parte do tempo. Mais que isso, talvez eles aspirem à humanidade que esforçamo-nos por renegar. Talvez aquela casa tenha sido, entre suas paredes caiadas de branco, mais nobre a sua maneira do que seus visitantes, dando de abrigo e reconfortando viajantes diversos sem se importar com sua origem, destino ou destinação na vida.

Quem me dera eu fosse meio-casa. Vivesse sem me importar com quem entra e sai do âmago da minha vida e ser feliz por apenas servir em minha simples e humilde existência. Ser tão incapaz de ofender alguém como qualquer objeto ordinário e ainda assim poder reconfortar os incautos. Deixar que estes andassem descalços por entre os meus aposentos no contato mais íntimo que alguém pudesse ter sempre que quisesse. Ser forte o bastante para sobreviver às intempéries sem depender de outrem e quando não pudesse mais reconfortar a ninguém simplesmente ruísse.

E pensando nisso agora, quem me dera ser um pouco menos humano para poder desejar isso sem um tom de falsidade ou arrependimento.

sábado, setembro 22, 2007

terça-feira, setembro 11, 2007

sexta-feira, setembro 07, 2007

Design de Camiseta: Dancer

Meu primeiro design de estampa para camiseta entrou em votação!!!
Estou super feliz :D
Visitem o link abaixo e dêem uma força!

My Threadless.com Submission

terça-feira, julho 31, 2007

Faculdade à Tarde

Ainda não deu tempo para virar rotina, já que até agora eu só tive uma aula, mas é muito estranho voltar a estudar a tarde depois de... 17 anos? É tempo pacas.

Aliás, eu fui totalmente no clima de colégio, usando um all stars novo, com aquela mesma sensação de estranheza por pisar com um tênis baixo e sentir a palmilha de pano gelada do frio escorregando de forma esquisita por baixo do pé (é, fazia também uns 17 anos que eu não usava um tênis assim).

Cheguei na USP em cima da hora e ainda demorei para localizar a sala, mas ainda assim cheguei antes do professor e mesmo dos alunos. Estes eram quase totalmente diferentes do que eu imaginava que iria encontrar, tanto em número quanto em aparência e idade, o que só contribuiu para aumentar a sensação de estranhamento. Mas estranhamento por estranhamento eu sempre fui muito bom em me sentir deslocado. Coisas de Nerds.

Depois de seis anos estudando literatura eu não me lembrava mais da sensação de novidade quando entrava em uma sala de aula. Acho que inconscientemente esperava que em algum momento o professor de História da Arte do Brasil II dissesse quanto às influências que levaram ao modernismo na arte brasileira fossem culpa do romantismo. E para a minha surpresa a citação mais próxima da literatura foi sobre Mario de Andrade, como principal crítico de arte da época, é claro...

Mas estranhamentos a parte foi muito bom. E eu saí de lá pensando no que uma amiga disse sobre termos uma certa idade para fazer aquilo que realmente queremos e não o que nossos pais ou ouras pessoas nos empurram goela abaixo.

sexta-feira, julho 20, 2007

Feliz Dia do Amigo!

Para todos vocês que me lêem um feliz dia do amigo. E para que vocês entrem no espírito vou deixar aqui um link para um vídeo que não deu para postar por causa da censura aqui no escritório (eu sei, eu sei, eu trabalho com Social Media Optimization e adoro citar o Cluetrain Manifesto para os clientes, mas os meus chefes proibiram as atividades sociais na rede do escritório).

Abraços de graça!

quinta-feira, julho 19, 2007

Fé no 3054

Como todo mal brasileiro, eu já perdi a fé no Brasil faz tempo. Veja bem, digo mal brasileiro porque as pessoas gostam de atribuir a fé ao currículo de bom brasileiro e eu pessoalmente acredito que a fé só serve para se eximir da culpa.


Acontece que é muito fácil sentar a bunda e pedir para que não chova, o difícil é fechar um aeroporto para realizar uma manutenção decente só porque alguém vai perder dinheiro e os usuários vão reclamar. E assim se bota preço duas vezes nas vidas alheias, uma quando não se quis fazer bem feito e a outra quando rolar a indenização à família das vítimas do vôo 3054.

Mas o que quero ver mesmo é quanto tempo vai demorar até jogarem a culpa no pobre do piloto, porque o que ninguém nunca vai ouvir será o governo pedindo desculpas por liberar a pista mesmo sem o “grooving” ou por tentar acabar com as filas nos aeroportos ao invés de investir na infra-estrutura aeroportuária, que como ninguém vê, não rende votos e como não rende votos...


Só tendo fé mesmo para agüentar a falta de competência dos nossos políticos, que se bobear estão fazendo uma "fézinha" no 3054 enquanto nós pasmamos indignados...

quinta-feira, julho 05, 2007

Problemática

O problema de ficar muito tempo com alguém é desaprender a ficar sozinho.

O problema de ficar sozinho é passar tempo demais calado.

O problema de ficar tanto tempo calado é que a garganta arranha quando você fala.

O problema de falar é não saber o que dizer.

O problema de não saber o que dizer é o silêncio constrangedor.

O problema do silêncio constrangedor é que ele nos faz pensar que preferíamos estar sozinhos.

O problema de estar sozinho é desaprender a ficar com alguém.

segunda-feira, junho 25, 2007

Sobre Penas, Medos, Doris Day e Brevidade

Tá para fazer uns 20 dias que eu não publico nada e ando meio assustado com a quantidade de coisas que eu escrevo que nunca vem parar aqui. Não estou certo dos motivos, em parte sei que fiquei mais exigente comigo mesmo e já não aceito publicar qualquer coisa que eu escreva assim sem mais nem menos.

Para falar a verdade, eu já acho que ando publicando sobre muitas coisas que me interessam, mas que não seguem o propósito original que eu tinha para esse blog: fazer experiências literárias. Ou seja, eu ando dando uma tapeada e fingindo que faço lição de casa... rs.

É lógico que como em toda boa conversa que se preze, falar sobre isso e aquilo, dar voltas sobre o que é ou o que deixa de ser, fazer uma piada ou comentar sobre o que a gente gosta, faz parte do pacote. Afinal tem que ser divertido, não é? É sobre isso que é a vida: lutar, suar a camisa, mas antes de tudo, fazer isso pelo que gostamos, pelo que amamos...

Eu só me pergunto por que a maioria de nós passa mais tempo fazendo aquilo que não gosta ou não quer e fingindo que está tudo bem. Deixando estar e a vida a passar por não querer mudar. Me pergunto quando é que os sonhos morrem? Quando é que deixamos abrir o chão entre nós e aquilo que somos, aquilo que fazemos, aqueles que gostamos? Me pergunto porque temos que ser tão inversamente proporcionais aos nossos medos?

Por que não podemos pular de pára-quedas? Por que não podemos começar de novo e fazer tudo diferente? Por que temos que parar no farol vermelho as 4:30 da madruga? Por que respeitar sempre a todas as regras? Porque não começar a merda de uma frase falando “Me pergunto” ao invés de “Pergunto-me”? Quando ninguém mais fala assim! Soa tão distante, tão artificial, tão não-nós-mesmos?

Se eu tenho um medo, é o medo de viver uma vida que não é a minha. De deixar de fazer o que vale a pena, de esquecer as coisas pequenas e tudo aquilo que dá real sentido a coisa toda. Morrer, todos vamos um dia, mais cedo ou mais tarde e não importa o quanto vivamos, nossas vidas sempre serão breves.

Então eu vou sentar aqui quietinho e tentar escrever mais um pouco, reler algumas coisas que passaram e alguns momentos que eu esperava que nunca tivessem acabado. Tentar ser um pouco mais corajoso, publicar aqueles textos que eu prometi para mim mesmo não mostrar a ninguém mais, me arriscar, agüentar as conseqüências e deixar a vida seguir seu curso. Que ela venha, breve como é. Não importa, “Que será, será”, e quando eu cair como qualquer homem mortal, nunca cairei para além de sete palmos.


Que Será, Será (Whatever Wil Be, Will Be)

“When I was just a little girl,
I asked my mother, "What will I be?
Will I be pretty?
Will I be rich?"
Here's what she said to me:
  "Que sera, sera,
Whatever will be, will be;
The future's not ours to see.
Que sera, sera,
What will be, will be."
When I was just a child in school,
I asked my teacher, "What will I try?
Should I paint pictures"
Should I sing songs?"
This was her wise reply:
  "Que sera, sera,
Whatever will be, will be;
The future's not ours to see.
Que sera, sera,
What will be, will be."
When I grew up and fell in love.
I asked my sweetheart, "What lies ahead?
Will we have rainbows
Day after day?"
Here's what my sweetheart said:
  "Que sera, sera,
Whatever will be, will be;
The future's not ours to see.
Que sera, sera,
What will be, will be."
Now I have Children of my own.
They ask their mother, "What will I be?"
Will I be handsome?
Will I be rich?"
I tell them tenderly:
  "Que sera, sera,
Whatever will be, will be;
The future's not ours to see.
Que sera, sera,
What will be, will be.
Que Sera, Sera!"

segunda-feira, junho 11, 2007

Manual para Matar Gnomos:

O manual para matar gnomos foi desenvolvido por um celebre camarada do meu trampo. Tks, Marcelo!

Divirtam-se:

1) um ogro
2) uma lajota
3) iniciativa
4) gnomo venceu, solta magia colorida
5) Ogro ignora magia colorida e joga lajota no gnomo
6) Gnomo morre

FIM


Ps.: Crianças, não tentem isso em casa.
Ps2.: Qualquer semelhança com ilustres comentaristas deste blog é mera coincidência.

segunda-feira, maio 28, 2007

Acorda...

Acorda. É mais uma manhã fria. Os homens cansados levantam para tomar um pingado e vão caminhar para o trabalho. Os ônibus passam lotados e as pessoas se escoram em outras pessoas, todas sonolentas, todas cobertas de pó. O céu escuro resiste e demora a clarear.

Acorda. Está frio pacas. Mal o chá alcança a xícara e já está morno, quase frio. O final de semana passou e você nem o viu. E mesmo que visse ao longo da semana nem teria a quem contar. Pessoas saem do metrô abafado para a rua gelada carregando grandes nuvens de vapor arduamente espiradas.

Acorda. A viagem é cansativa. As gentes se acotovelam tal qual bois indo ao matadouro e no fundo, no fundo, não sei qual é a pressa. É gente para todo lado, se acotovelando mesmo ao trabalho, dia à dentro, semanas a fio, meses, anos. Espremidas em escrivaninhas justas, confinadas a espaços escuros, salas secas de ar-condicionado e outras tantas alcovas tenebrosas da ganância intensiva.

Acorda. Vede a mancha marrom no horizonte e o frio sol de outono antes que descubram a persiana aberta. Vede a vida passando lá fora enquanto secam aqui dentro você e a pobre pimenteira. A vagar, liga anestesiado o monitor, coloca uma música sóbria e sonha com dias melhores.

quarta-feira, maio 16, 2007

Tíquetes, Por Favor.

Às vezes eu me assusto quando vejo como sou difícil. Não que isso seja novidade. Acontece que de repente eu vejo um monte de pessoas novas entrando pela porta da minha vida, e eu deixo porque não há mal nisso, mas por mais que eu esconda sei que não queria que algumas delas estivessem lá. É quase como se eu me sentisse um penetra na minha própria vida. Não quero esse monte de gente entrando assim sem mais nem menos, realmente não quero.

Aí vem a pergunta: Porque não quero? E eu fico com cara de tacho, não sei responder. Porque não. Não quero me justificar, não quero ter que dizer mais nada, não quero. Eu não posso escolher ser restrito assim? Eu sou assim, eu gosto, não vejo mal nenhum nisso. Só que quando tenho que dizer não para as pessoas eu acabo me sentindo péssimo com isso, como se eu estivesse fazendo algo muito mal, muito errado.

E não é que eu quero ficar só o tempo todo. Eu quero as minhas antigas amizades, quero novas amizades também, mas quero antes de tudo quero me sentir confortável nesse mundinho estranho que se tornou a minha vida.

Desculpa aí, não é por nada não, é só que eu não tenho vocação para Poliana, não quero sair adotando todo mundo e estou morrendo de saudades de uns amigos desnaturados por aí...

sexta-feira, abril 27, 2007

Encontre o que você ama

Este vídeo é um discurso feito pelo Steve Jobs na formatura de uma turma de graduação em Standford e também uma das coisas mais certas sobre a vida.

O vídeo está em ingles, mas alternativamente você pode encontrar o discurso integral em português no site da Você S/A:

quarta-feira, abril 18, 2007

Tarantino's Mind

Não há nada como um bom roteiro... Acho que é por isso que contos e curtas tem tanto potencial.
Tarantino's Mind

Ps.: O curta não vai fazer muito sentido para quem não manja de Tarantino.

segunda-feira, abril 16, 2007

A vida muda

Para ouvir enquanto lê: Blind Guardian - The Bard's Song in the Forest

Tudo muda um dia. Você nem espera, você nem vê chegando, mas uma hora vem uma onda mais forte e tudo muda. Geralmente é quando você menos espera, é com pessoas que você adora e que até aquele momento não teve muita chance ou tempo de curtir. E quando isso acontece você fica se perguntando onde você esteve durante todo esse tempo, o que fez, porque não passou um tempo com essas pessoas, porque nunca disse a elas o quanto se importava.

Acontece, nesse pequeno e esdrúxulo instante na eternidade que chamamos de vida. Não sei vocês, eu decidi não acreditar em entidades super-poderosas que virão um dia salvar tudo ou bater nas bundas de todos que fizeram merda. Eu prefiro não fazer merda, tentar pelo menos e assumir as merdas que eu faço. Prefiro não pensar que alguém vai limpar a minha sujeira um dia. E quando decidimos esse tipo de coisa, de súbito, esse instante passa de insignificante a tudo e descobrimos o quão foda é viver.

Pois bem, agora a pouco eu acabei de passar por um desses momentos de me arrepender por não ter passado mais tempo com pessoas que eu acredito que valem muito a pena. E me sinta assim talvez porque é nesses instantes críticos que você percebe que nada é para sempre, que amanhã talvez as pessoas possam não estar mais aqui e você não sabe se irá poder vê-las de novo, que talvez você não vá estar aqui amanhã.

Eu não sei como resolver isso, só sei que agora, a única coisa que eu posso fazer é dizer nós últimos instantes que ainda temos que me importo muito e que as coisas poderiam ter sido diferentes. E esperar que por maiores que as coisas sejam, que elas não sejam tão grandes a ponto de ficarem entre as pessoas.

Bix, Mazi... Muita sorte e boa jornada.

sexta-feira, março 30, 2007

Corpos conhecidos do Sistema Solar

Esse é um dos motivos porque eu amo o meu Del.icio.us:

Todos os corpos (conhecidos) no Sistema Solar maiores que 200 milhas de diametro

Encontrar coisas muito boas porque as pessoas não perdem tempo para indicar porcarias.
^^

Frase do dia

"Há 10 tipos de pessoas no mundo: os que conhecem código binário, e os que não." - Geek Desconhecido

terça-feira, março 27, 2007

Mas não é só hoje

Hoje é um daqueles dias. Um daqueles que você não terá a certeza de que queria ter saído da cama, que não saberá dizer por que e que quando muito só tem uns palpites. Um daqueles dias em que a música ajuda, mas não resolve, um daqueles em que você não queria estar aqui e também não sabe onde quer estar.



Hoje é só um daqueles dias. Um daqueles que você não sabe com quem conversar ou sobre o que falar, você só quer falar, mas não há com quem e se não falar também está bem, pois no final quaisquer palavras trocadas não farão a menor diferença. Você não quer falar para só ouvir ou para só ser ouvido.


Hoje é um dia bom para ouvir Portishead, para não conseguir se quer sentir-se incompreendido, porque as pessoas no seu mundo há muito tempo não compreendem e não dá para explicar a diferença entre o incompreensível e o incompreensível. Hoje é um dia bom para estar completamente sozinho.


É um dia em que você vai sentir-se só na multidão, vai ficar paranóico e sentir o tempo todo o peso dos olhos ao redor, vai esperar o momento em que os seus dedos secos acusatórios estendam-se em riste para te acusar por ter sentimentos inexplicáveis, pelas coisas que você ainda não fez, por não obter um daqueles sucessos inócuos ou por não ser pardo como todos os outros patos.


Hoje é só mais um daqueles dias em que as pessoas se vestem mal na rua, em que a fumaça faz arder os olhos, em que crianças trabalham, em que animais são extintos, em que as gentes se matam, e em que criaturas se erguem pisando sobre os corpos nus enquanto as moscas ficam as voltas.


Sim, é seco! É amargo, triste, ácido, cáustico, e faz com que se sinta mal porque não consigo contar de outro jeito. Assim como um ornitorrinco não consegue ser um pato, um castor, uma vaca ou qualquer outra coisa que o valha, apenas um ornitorrinco.


E se quiser me culpar por tudo isso, culpe, não sou um mártir de contos-de-fadas, sou um homem real de carne e osso, eu sangro, eu suo, eu choro, eu rio, eu penso, eu grito, eu mato, eu morro.

segunda-feira, março 19, 2007

quinta-feira, março 15, 2007

Um Dia de Curso

8:40 – 9:02

É bem cedo. O clima tipicamente tropical não nega a raça e manda ver em mais um dia quente e abafado. Eu tive que acordar cedo e viajar até um bairro distante para fazer um daqueles cursos ótimos para empresas e currículos, embora eu não esteja bem certo de que ele será tão interessante quanto útil.

Uma senhora introduz as palestras balançando freneticamente a cabeça enquanto fala, é bizarro. Os participantes ao meu redor vestem-se como se precisassem muito sentirem-se importantes. Nem parece que o palestrante a minha frente fala de Internet. Sim, esse mundo já foi mais “cool”, eu quase lamento o dia em que internet deixou de ser coisa de nerds.


11:07 - 11:14

A primeira coisa peculiar sobre o mundo da publicidade é que é um mundo pequeno, minúsculo para falar a verdade. É como se todas as pessoas no mercado coubessem em uma edícula. O que torna ainda mais peculiar a segunda coisa sobre ele: o excessivo culto a personalidade.

A coisa mais comum desse mundo é entrar em uma roda de bate-papo e escutar algo assim:

“...e então você não acredita, conheci o Tadeu Sbrubles”

“Sério??? O Tadeu?! Nooossa! Que máximo, o Tadeu é incrível!”

Mas quem diabos é o tal do Tadeu... bom isso é um mistério para muito poucos iniciados, aliás, eu não me surpreenderia se em uma roda com 6 pessoas menos de um terço atualmente soubesse quem é o tal do Tadeu.


12:30 – 14:00

Finalmente veio o almoço, a segunda palestra já estava perdendo a graça, o restaurante é bem legal e nós temos um mesanino reservado. O punk é escolher aonde sentar, uma escolha errada e qualquer chance de ter um almoço agradável pode dar lugar a monólogos chatos, inquéritos desconfortáveis e debates intermináveis.

As pessoas que eu conhecia resolveram me evitar descaradamente e sem nenhum constrangimento, o preço que se paga quando acaba o assunto durante o primeiro coffe break (ta, talvez só eu não soubesse quem é o tal do Tadeu, talvez eu esteja levando a sério demais o meu trabalho dentro desse “clubinho” que é a publicidade).

Dei sorte, acabei sendo abordado por um japonês interessado no meu trabalho e um povo simpático (felizmente nem todo mundo confunde um curso na Vila Olímpia com um casamento).


14:06

O medo geral básico pós-almoço é dormir barulhentamente, porque dormir em uma sala quente onde um palestrante vomita toda a sorte de dado técnico sobre a platéia todo mundo dorme.


15:32

Outro coffe break. Não agüento mais comer. Acho que daqui a pouco alguém vai entrar com maçãs e cordas e levar todo mundo para o forno.


18:30

Ufa, acabou, a última palestra foi sensacional, mas eu não consegui escapar da sala sem enfrentar um pequeno debate com uma garota que pensa que é madrinha da noiva. Bonitinha, mas tão cabeça-dura...

Eu só queria descobrir se estou ficando anti-social ou se eu estava muito fora d’água. O problema dos nerds é que eles não podem ver uma mulher bonita pedindo para entrar na festa que eles já perdem a cabeça, e foi assim que a Internet foi tomada de assalto por pessoas com mais batom do que cérebro.

Agora finalmente posso me preocupar com algo mais importante: Comprar ingressos para o show do Blind Guardian.

quinta-feira, março 08, 2007

Publicidade no Orkut

Que ia acontecer todo mundo já sabia, mas quando eram outros quinhentos. Pois é, agora é oficial, o Orkut.com agora faz parte da rede de publicidade do Google.

A notícia foi publicada no blog sobre Search Engine Marketing Hotileros.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Problemas do Ensino na Faculdade de Letras

O problema do aluno que termina o ensino médio e escolhe sua graduação "jogando dados" é universal. O ensino médio joga um monte de informações na cabeça do indivíduo que mais confundem que preparam o estudante para tomar o próximo passo.

Além disso, a faculdade no Brasil tem caminhado cada vez mais para um sucateamento por razões mercadológicas. O indivíduo quer fazer uma faculdade não para aprender, mas para ter menos dificuldade em conseguir um emprego.

O resultado é o ingresso de uma multidão de alunos preparados para uma prova de vestibular e despreparados para o conhecimento acadêmico. O que conseqüentemente vem provocando um “afrouxamento” dos requisitos necessários para que o universitário consiga o diploma.

O caso da faculdade de Letras é grave, o aluno chega ao curso sem saber qual a sua real utilidade e com a expectativa de um curso fácil (um engano comum gerado pelo preconceito contra as carreiras de humanas). E lá se depara com um conhecimento complexo e extenso, ministrado através de um método que ignora as aptidões do aluno e que se quer prepara-o para exercer adequadamente o cargo de professor, quanto mais à miríade de carreiras que poderia.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

É por isso que eu amo o Neil...

E existe algo mais amável do que bons escritores? Eu até fazia parte da comunidade "Good Wrighting is Sexy" antes do Orkut me banir permanentemente. Se ele fosse mulher talvez eu até me casasse com ele.

Então, sem mais delongas, divirtam-se com Neil Gaiman & His Magnificent Oracular Journal


Ps.: This note is for Neil himself, if someday he reads me:

Neil,
Yes I do love your writings and I wold love to marry you if one of us was a woman...

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Matrix: Baixo Orçamento

Refilmagem da cena "rooftop sequence" por alunos da USP:
MATRIX: BAIXO ORÇAMENTO

*Nota mental, escolher um curso de graduação mais divertido da próxima vez...

sábado, fevereiro 10, 2007

"A Juventude é uma Banda numa Propaganda de Refrigerantes"

A juventude é uma coisa incrível, faz do nosso mundo um lugar divertido e da nossa vida uma aventura. Somos impetuosos, espirituosos, aventureiros, divertidos, sinceros... enfim, jovens! São tantas coisas novas e, ao mesmo tempo, é sempre como se o mundo fosse acabar no próximo instante. Pena que passa tão rápido.

Pessoalmente, não me arrependo de quem eu sou agora e acredito que eu não trocaria o que eu tenho para poder viver isso novamente (isso é porque eu não sou mais adolescente, senão com certeza o faria... rs). É só que...

Sei lá... nostalgia.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Gata depressiva recebe tratamento com Prozac - 30/01/2007

Nada contra a gata, mas eu juro que conferi para ver se estava mesmo na página de ciências. Dá para botar uma fé? Será tudo isso falta do que noticiar? Não entendo porque o jornalismo online é tão água com açúcar.

Gata depressiva recebe tratamento com Prozac - 30/01/2007

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Excluído

Era o meio da tarde de um dia meio chuvoso no meio do verão. Não parecia verão, não parecia chuvoso e não parecia meio da tarde. Estava escurecendo como escurece antes de cair uma chuva daquelas, mas da minha janela eu via apenas a copa de uma árvore, três ou quatro pássaros voando rápido, cinco ou seis prédios e três dúzias de janelas. Não dava para ver o céu. Era o meio das férias, mas também não parecia porque as férias eram apenas escolares.

Tento imaginar algo que me tire daqui para uma situação diferente. Tento lembrar de algo, pensar em alguém, ler alguma coisa diferente só para dar um intervalo. Troco o CD, troco as músicas e nada adianta. Lá fora, a árvore balança mais e mais conforme o tempo passa, mas nada muda.

Volto ao trabalho, e um tempo depois, antes de ir embora, me volto para olhar o meu Orkut, e ler:

“Seu perfil foi excluído.

Seu perfil violou nossos Termos de Uso. Excluímos seu perfil e recomendamos que você leia nossas políticas e diretrizes de utilização antes de criar um novo perfil.”

Só isso, sem demais. E o mais triste é que eu não fiz nada de errado e está na cara que eu nunca vou descobrir o por quê disso...

Não sei o que dizer, é como cortarem um pedaço da sua vida. Scraps, testimonials, etc... perdi tudo. Não sei se vou querer ter outro desses.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Palavra Bizarra da Semana: Parafilia

Vira e mexe me deparo com uma dessas palavras loucas como esta:
Parafilia.

Acho que essa é a parte divertida do meu trabalho.

Nesse caso em especial, o que achei curioso mesmo são os verbetes que partem desse, tente alguns. Quer um exemplo?
Nesofilia.
e esse outro aqui é para colocar os homens para pensar:
Orquifilia.

Divirtam-se!