terça-feira, julho 31, 2007

Faculdade à Tarde

Ainda não deu tempo para virar rotina, já que até agora eu só tive uma aula, mas é muito estranho voltar a estudar a tarde depois de... 17 anos? É tempo pacas.

Aliás, eu fui totalmente no clima de colégio, usando um all stars novo, com aquela mesma sensação de estranheza por pisar com um tênis baixo e sentir a palmilha de pano gelada do frio escorregando de forma esquisita por baixo do pé (é, fazia também uns 17 anos que eu não usava um tênis assim).

Cheguei na USP em cima da hora e ainda demorei para localizar a sala, mas ainda assim cheguei antes do professor e mesmo dos alunos. Estes eram quase totalmente diferentes do que eu imaginava que iria encontrar, tanto em número quanto em aparência e idade, o que só contribuiu para aumentar a sensação de estranhamento. Mas estranhamento por estranhamento eu sempre fui muito bom em me sentir deslocado. Coisas de Nerds.

Depois de seis anos estudando literatura eu não me lembrava mais da sensação de novidade quando entrava em uma sala de aula. Acho que inconscientemente esperava que em algum momento o professor de História da Arte do Brasil II dissesse quanto às influências que levaram ao modernismo na arte brasileira fossem culpa do romantismo. E para a minha surpresa a citação mais próxima da literatura foi sobre Mario de Andrade, como principal crítico de arte da época, é claro...

Mas estranhamentos a parte foi muito bom. E eu saí de lá pensando no que uma amiga disse sobre termos uma certa idade para fazer aquilo que realmente queremos e não o que nossos pais ou ouras pessoas nos empurram goela abaixo.

sexta-feira, julho 20, 2007

Feliz Dia do Amigo!

Para todos vocês que me lêem um feliz dia do amigo. E para que vocês entrem no espírito vou deixar aqui um link para um vídeo que não deu para postar por causa da censura aqui no escritório (eu sei, eu sei, eu trabalho com Social Media Optimization e adoro citar o Cluetrain Manifesto para os clientes, mas os meus chefes proibiram as atividades sociais na rede do escritório).

Abraços de graça!

quinta-feira, julho 19, 2007

Fé no 3054

Como todo mal brasileiro, eu já perdi a fé no Brasil faz tempo. Veja bem, digo mal brasileiro porque as pessoas gostam de atribuir a fé ao currículo de bom brasileiro e eu pessoalmente acredito que a fé só serve para se eximir da culpa.


Acontece que é muito fácil sentar a bunda e pedir para que não chova, o difícil é fechar um aeroporto para realizar uma manutenção decente só porque alguém vai perder dinheiro e os usuários vão reclamar. E assim se bota preço duas vezes nas vidas alheias, uma quando não se quis fazer bem feito e a outra quando rolar a indenização à família das vítimas do vôo 3054.

Mas o que quero ver mesmo é quanto tempo vai demorar até jogarem a culpa no pobre do piloto, porque o que ninguém nunca vai ouvir será o governo pedindo desculpas por liberar a pista mesmo sem o “grooving” ou por tentar acabar com as filas nos aeroportos ao invés de investir na infra-estrutura aeroportuária, que como ninguém vê, não rende votos e como não rende votos...


Só tendo fé mesmo para agüentar a falta de competência dos nossos políticos, que se bobear estão fazendo uma "fézinha" no 3054 enquanto nós pasmamos indignados...

quinta-feira, julho 05, 2007

Problemática

O problema de ficar muito tempo com alguém é desaprender a ficar sozinho.

O problema de ficar sozinho é passar tempo demais calado.

O problema de ficar tanto tempo calado é que a garganta arranha quando você fala.

O problema de falar é não saber o que dizer.

O problema de não saber o que dizer é o silêncio constrangedor.

O problema do silêncio constrangedor é que ele nos faz pensar que preferíamos estar sozinhos.

O problema de estar sozinho é desaprender a ficar com alguém.