sexta-feira, setembro 30, 2005

Perda de Tempo

2:02am, vagam pela casa eu e os espectros da noite. A luz vinda do quarto no final do corredor espalha pelo resto da casa uma tênue iluminação que tinge com tons de amarelo as cores azuladas da visão noturna. Sigo o corredor a passos calmos, alcanço o quarto com os cabelos molhados começando a formar cachos e, numa retrospectiva de falas perdidas por outrem ao longo do dia, penso quanto tempo perdemos ao longo da vida com preocupações fúteis e assuntos menores sem nunca se dar conta disso. Nesse momento roubo uma hora do meu sono já atrasado pela espera de um visitante ausente para redigir essas parcas linhas. Redijo-as para não perder o costume, redijo-as para cumprir uma promessa feita a mim mesmo, redijo como se esta fosse uma carta endereçada ao meu nome. Enfim, escrevo por motivos diversos, mas retornando ao assunto, perdemos tempo com muitas coisas que, de fato, não interessam. É isso, foi só uma constatação, não pretendo perder muito mais sono para explicar o que deve ou não interessar. O fato é que algumas das coisas que quero estão estagnadas a dias por conta das falsas prioridades a que a vida moderna nos impõe.

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