quinta-feira, abril 14, 2005

E você? Sabe qual foi o crime do Padre Amaro?

Para ser lido ao som do reclame de Azeite Galo.

Este é uma curta demonstração de indignação frente a um professor com idéias absurdas e uma ode a um almoço muito agradável. Conversar com o Buck sempre é muito bacana, a conversa flui, a criatividade também e eu sempre acabo tendo novas idéias para escrever. Eu estava justamente comentando com ele o absurdo que é o meu professor de Literatura Portuguesa I aplicar provas de controle de leitura. Isso mesmo, aquelas provinhas que os professores davam para a gente no finado primário, conhecido hoje como Fundamental I, com aquelas perguntas do tipo “Qual a profissão de Amaro?” que servem única e exclusivamente para saber se o aluno leu o livro. Bom, por falta de uma ele vai aplicar duas, ou melhor, a primeira foi na semana passada, sobre o bendito do Padre (e eu a perdi), e a segunda, sobre “Os Maias” (não os índios, os portugueses que viraram outra droga de novela) eu não faço idéia de quando será. Como se não bastasse o vexame, se eu não fizer nenhuma das duas ele vai me reprovar direto. Pode uma coisa dessas? Eu, adulto e trabalhador que sou, além de ter que agüentar as atividades de 4 série que me são impostas no meu trabalho, agora tenho um professor que acha que eu tenho 7 anos de idade. Tanta coisa para se investir e o cara quer aplicar em um curso de graduação uma prova dessas! Eu até entendo a boa intenção dele querer forçar os alunos dele a realmente ler os título, é necessário, mas não paga as minhas contas, muito menos a aspirina que isso vai me fazer tomar. Porque ele simplesmente não faz como todos os outros professores que lêem e discutem o texto em aula? Confesso, eu não li “O Crime do Padre Amaro” e não li muitos outros livros que deveria ter lido, mas em um país onde é proibido reprovar o aluno (o que não me desce e nem vai me descer) é isso que vão fazer com o aluno? Qual o próximo passo? Ler Ruth Rocha na Pós?

Esta história é verídica.
Atualmente Buck trabalha para o governo (de verdade!) e alopra professoras de sociologia em faculdades de direita.
Os Maias agonizam no túmulo junto com o Eça, seu criador, tanto os índios, como os portugueses depois de mais uma adaptação “Global”.
O Azeite Galo auxilia a produção de posts subversivos como este, não me pergunte porque, só sei que era o que cantávamos quando saímos do restaurante... “Ó Rama de oliveira...”.
O Crime do Padre Amaro eu não sei, mas eu e o Buck supomos que seja o de sempre, ele comeu alguém! Ou você já ouviu falar de padre formador de quadrilha?
E atualmente o autor deste texto cria estratégias para matar aulas e trabalho para saber mais sobre os coitados dos índios, digo, Os Maias, enquanto espera que este texto possa tornar mais divertido o dia de alguém.

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