segunda-feira, junho 25, 2007

Sobre Penas, Medos, Doris Day e Brevidade

Tá para fazer uns 20 dias que eu não publico nada e ando meio assustado com a quantidade de coisas que eu escrevo que nunca vem parar aqui. Não estou certo dos motivos, em parte sei que fiquei mais exigente comigo mesmo e já não aceito publicar qualquer coisa que eu escreva assim sem mais nem menos.

Para falar a verdade, eu já acho que ando publicando sobre muitas coisas que me interessam, mas que não seguem o propósito original que eu tinha para esse blog: fazer experiências literárias. Ou seja, eu ando dando uma tapeada e fingindo que faço lição de casa... rs.

É lógico que como em toda boa conversa que se preze, falar sobre isso e aquilo, dar voltas sobre o que é ou o que deixa de ser, fazer uma piada ou comentar sobre o que a gente gosta, faz parte do pacote. Afinal tem que ser divertido, não é? É sobre isso que é a vida: lutar, suar a camisa, mas antes de tudo, fazer isso pelo que gostamos, pelo que amamos...

Eu só me pergunto por que a maioria de nós passa mais tempo fazendo aquilo que não gosta ou não quer e fingindo que está tudo bem. Deixando estar e a vida a passar por não querer mudar. Me pergunto quando é que os sonhos morrem? Quando é que deixamos abrir o chão entre nós e aquilo que somos, aquilo que fazemos, aqueles que gostamos? Me pergunto porque temos que ser tão inversamente proporcionais aos nossos medos?

Por que não podemos pular de pára-quedas? Por que não podemos começar de novo e fazer tudo diferente? Por que temos que parar no farol vermelho as 4:30 da madruga? Por que respeitar sempre a todas as regras? Porque não começar a merda de uma frase falando “Me pergunto” ao invés de “Pergunto-me”? Quando ninguém mais fala assim! Soa tão distante, tão artificial, tão não-nós-mesmos?

Se eu tenho um medo, é o medo de viver uma vida que não é a minha. De deixar de fazer o que vale a pena, de esquecer as coisas pequenas e tudo aquilo que dá real sentido a coisa toda. Morrer, todos vamos um dia, mais cedo ou mais tarde e não importa o quanto vivamos, nossas vidas sempre serão breves.

Então eu vou sentar aqui quietinho e tentar escrever mais um pouco, reler algumas coisas que passaram e alguns momentos que eu esperava que nunca tivessem acabado. Tentar ser um pouco mais corajoso, publicar aqueles textos que eu prometi para mim mesmo não mostrar a ninguém mais, me arriscar, agüentar as conseqüências e deixar a vida seguir seu curso. Que ela venha, breve como é. Não importa, “Que será, será”, e quando eu cair como qualquer homem mortal, nunca cairei para além de sete palmos.


Que Será, Será (Whatever Wil Be, Will Be)

“When I was just a little girl,
I asked my mother, "What will I be?
Will I be pretty?
Will I be rich?"
Here's what she said to me:
  "Que sera, sera,
Whatever will be, will be;
The future's not ours to see.
Que sera, sera,
What will be, will be."
When I was just a child in school,
I asked my teacher, "What will I try?
Should I paint pictures"
Should I sing songs?"
This was her wise reply:
  "Que sera, sera,
Whatever will be, will be;
The future's not ours to see.
Que sera, sera,
What will be, will be."
When I grew up and fell in love.
I asked my sweetheart, "What lies ahead?
Will we have rainbows
Day after day?"
Here's what my sweetheart said:
  "Que sera, sera,
Whatever will be, will be;
The future's not ours to see.
Que sera, sera,
What will be, will be."
Now I have Children of my own.
They ask their mother, "What will I be?"
Will I be handsome?
Will I be rich?"
I tell them tenderly:
  "Que sera, sera,
Whatever will be, will be;
The future's not ours to see.
Que sera, sera,
What will be, will be.
Que Sera, Sera!"

Um comentário:

  1. Anônimo2:52 PM

    Apoiado Stevie...
    Tem que dar a "cara a tapa" mesmo!
    E o que tiver que ser... Será...
    Como a própria letra da música diz !
    Chega uma hora que temos que rever nossos conceitos, tentar redescobrir quem somos e em que momento da vida, nos perdemos de nós mesmos...
    Qndo deixamos de acreditar o qnto somos capazes e passamos a ter medo de mudar ! Não dá pra ser assim... Não podemos nos acomodar e ver o tempo passar sem ao menos desfrutar do que gostamos e sem ao menos tentar fazer as coisas de uma forma melhor e mais prazerosa!
    E não podemos nos esquecer, que cada segundo é uma nova oportunidade de mudar tudo a nossa volta!
    Quanto a morrer, é a única certeza que todos nós temos, com relação a essa vida!
    Então porque não aproveita-la da melhor forma possível? Sem medo de ser feliz? Afinal qual é o sentido da vida se não ser feliz? Bom ao menos é isso que eu pretendo tentar fazer antes de me atacarem com a colher de pedreiro... rs
    Bom, vc já sabe que tem talento... Cabe confiar em si mesmo e... “O que tiver que ser... Será!”

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